O Natal não é igual para todos.
Na idade onde o tempo é outro, o Natal tem outro sentido.
Onde se nasceu, o que se viveu, o que se experienciou, determina a relação que se tem com o Natal.
Alguns guardam-no num sítio de alegria, outros de solidão, uns de indiferença.
Para alguns, o Natal simplesmente não existe, a memória levou-o. Diariamente tentamos resgatar essas frágeis memórias. Na nossa Tertúlia de Natal quisemos que os nossos idosos fossem também eles participantes e as suas pequenas memórias enaltecidas. Assim, e corajosamente, alguns partilharam as suas estórias, momentos, poemas e canções.
A festa, a música, o convívio, a partilha, nesta altura especial, trouxe alento e calor aos nossos idosos. O nosso Natal tornou-se em si um acto de renovação. Renovação da bondade.
E essa bondade retorna-nos em sorrisos, e abraços, em obrigados, ou como disse o Sr. António: só por esta música já valeu a pena, depois de termos cantado a Cinderela de Carlos Paião.
São as pequenas coisas.
Nas pequenas coisas eles encontram conexão.
É simples.
Maria de Jesus Penha